"O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria situações-problemas." Jean Piaget

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O Segredo das Crianças Selvagens

        Um tema bastante polémico e raro. Que relata a história de duas crianças consideradas selvagens (Genie e Victor) que viveram durante anos isolados da sociedade de formas distintas. Ambos não obtiveram qualquer tipo de educação, não eram civilizados, quase incapazes de falar e andar.
No entanto, em 08 de Janeiro de 1800, Victor foi encontrado por cidadãos de uma aldeia no sul da França, acredita-se q viveu sua infância nua e sozinho na floresta, estima-se que ele tinha doze anos de idade. Logo a notícia espalhou-se e o menino foi levado para exames e documentação.
Genie foi vítima de um dos casos mais graves de isolamento, passou quase treze anos de sua vida trancada num quarto amarrada a uma cadeira de potty, usando fraldas, aonde era torturada ao emitir algum barulho. Ela foi descoberta pelas autoridades de Los Angeles em 04 de Novembro de 1970.
O caso de Genie e Victor atraiu estudiosos como: médicos, psicólogos, biólogos que estavam interessados em descobrir se ainda poderiam aprender a falar e/ou expressar algum tipo de emoção/sentimento. Será que eles aprenderiam a se comunicar em uma fase tão tardia? Assim, descobriram a oportunidade de explorar a capacidade humana para a linguagem. Na época, alguns linguistas, liderada por Noam Chomsky, do MIT, acredita que a fala é uma habilidade humana geneticamente programada. Já Linnenberg, Neuropsicólogo, acrescentou que se uma pessoa não aprende a falar na adolescência, a capacidade de aprender a língua pode ser perdida para sempre. Esta teoria foi a chamada "hipótese de período crítico."
No decorrer da experiência proibida Victor teve um progresso gradual, compreendeu o significado das acções e uso, mas nunca aprendeu a falar realmente. Itard proclamou que ele era surdo-mudo. Já Genie aprendeu a vocalizar e expressar-se através de linguagem gestual, foram feitas tentativas para ajuda-la a falar e socializar. Seu comportamento mudou consideravelmente, ela tornou-se mais sociável com os adultos. E desenvolveu notável capacidade de comunicação não-verbal, aprendeu a linguagem dos sinais, sorrir e quando não conseguia expressar através da língua, tentava comunicar-se através de imagens de desenhos.
Assim, como o caso Victor, os estudos de linguagem com Genie terminaram, foi um ano marcante para a menina. No qual passou por vários traumas, punições, mudanças por lares adoptivos… Esta mudança foi tão traumática, que ela voltara ao seu silêncio e ganhou um novo medo de abrir a boca. Em última instância, os responsáveis por Genie foram criticados por combinar a pesquisa com o seu tratamento.
O que leva uma criança a ser selvagem? Será a incapacidade afectiva dos adultos? Que tratam as mesmas como bichos, sem amor, carinho, educação.
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terça-feira, 17 de maio de 2011

Hereditariedade VS Meio

A hereditariedade é transmissão da informação genética de uma geração para a seguinte, no qual proporciona potencialidades que precisam de um meio favorável para se desenvolver.
O meio exerce influência sobre o indivíduo, no qual o mesmo não existe isolado. Neste caso, resulta uma interacção entre o organismo (projecto genético) e o seu meio físico e social. 

O Homem tem a capacidade de se adaptar ao meio, transformando-o. Para assegurar a sua sobrevivência desenvolveu acções sobre o meio. Assim surge as comunidades que desenvolvem manifestações culturais que são muito marcadas pela época e por um conjunto de características específicas que lhe dão uma identidade própria. As diferentes culturas correspondem à padrões culturais próprios como:  costumes, sistemas de valores,  normas políticas, religiosas e morais, atitudes, hábitos, formas de se comportar, pensar, sentir. As concepções de mundo e de vida constituem cultura.

O MEIO QUE DESTRÓI



 


O meio intra-uterino afecta o desenvolvimento físico e mental do feto através da corrente sanguínea da mãe em situações como: a ingestão de medicamentos, determinadas doenças (toxoplasmose, rubéola, diabetes e ainda perturbações emocionais), que podem provocar malformações ou excesso de choro, situações de toxicodependência e alcoolismo transferindo para o feto determinadas carências relativamente às substâncias consumidas, regime alimentar, etc.


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